
Todo esse aparato de estudo e pesquisa, nos remetem às
dificuldades de leitura e interpretação de textos, pois uma educação com
qualidade exige a exploração da linguagem oral e escrita desde a Educação
Infantil.
Já na Educação Infantil, se deve desenvolver pro professores
e pais, o incentivo à leitura diversificada. Produzir leitores é um desafio,
pois estes estão desaparecendo. A leitura é uma espécie de diálogo entre autor
e leitor. Nesse processo o leitor constrói significados para o texto e o
compreende. Param que a interação entre autor e leitor aconteça, no entanto é
preciso que o leitor disponha de conhecimentos que nem sempre são obtidos em
situações escolares.
A leitura é mais eficiente quando os leitores conhecem as
convenções, as características, o tipo de estrutura da leitura em que vão
iniciar. Será que o leitor conhece as intenções comunicativas do autor? O texto
é para informar, comunicar, divertir, apresentar uma argumentação? Em que época
foi escrito? Para quem? O leitor deve conhecer os vários tipos de gêneros de
leitura.
O leitor deve ter um objetivo para essa leitura. Os objetivos
do leitor, determinam suas estratégias de leitura e o ritmo da mesma. Ler por ler ou ler pra que?
Não só de
objetivos se faz uma leitura, mas também de experiências anteriores de leitura.
Essas experiências anteriores de leitura e de vida, podem influenciar nas atitudes
do leitor e sua capacidade de interpretar e criticar.
Um bom leitor não se faz por acaso, ele começa na infância,
em casa, com a família oferecendo contato com a leitura e despertando sua
importância para o entendimento. Estudar palavras soltas, sílabas isoladas e
exercícios repetitivos de cópias pode sim, desestimular o interesse pela
leitura e escrita.
A maneira de se encarar o ato de ler, pode sim influenciar a
maneira de escrever. A leitura, como a escrita, não dever ser encarada como
decodificação de sons e letras, mas sim, atividades que façam sentido para o
aluno, tanto na leitura como na escrita.
O mundo está cheio de coisas escritas e provavelmente, as
crianças desde cedo, já sabem que aquela “escrita”, quer dizer alguma coisa.
Elas não entendem aquela “grafia estranha”, mas sabem que tem um significado e
servem para transmitir uma mensagem. Quando as crianças chegam na escola, elas
já levam de casa algumas experiências com leitura e escrita, feitas em casa,
com a família.
Famílias, com um pouco mais de hábitos de leitura,
principalmente os pais, induzem nas crianças, formas de leitura também como
prazer e instrumento de comunicação pessoal. Ao mesmo tempo, muitas crianças
foram escolarizadas exclusivamente com cartilhas e livros didáticos, sem ter
sido convidada a folhear livros, jornais ou até mesmo um simples catálogo
informativo, muitas vezes não gostam de ler.
Para uma criança, em idade escolar, não basta ser
alfabetizado, tem de ser letrado. O letramento consiste na prática social da
leitura e da escrita. Para Magda Soares (1998) “letramento é o resultado da
ação de ensinar e aprender as práticas sociais da leitura e escrita; é também o
estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência
de ter-se apropriado da escrita e suas práticas sociais”.
Para formar indivíduos letrados e não só alfabetizados,
precisamos criar situações de leitura com tipos de textos que circulem no meio
social. Textos que façam sentido na vida social da criança. Toda a criança, deve
em seu tempo escolar, saber ler e redigir uma carta, interpretar uma bula de
remédio, se familiarizar com a ficha de um animal do zoológico. Pesquisar uma
palavra ou tema na internet ou mesmo em um livro.
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