Falamos muito de mudanças na
escola, a “escola” precisa se reinventar, tornar-se mais atrativa para o aluno.
É estranho esse termo, pois a “escola” somos nós. Nós precisamos nos
reinventar. Aqui falo não só de professores, mas coordenadores, diretores,
funcionários, pais, alunos e comunidade e a própria Secretaria da Educação, com
suas resoluções, normas, decretos e etc. e tal.
A sociedade apresenta novos
desafios e busca por espaços profissionais e pessoas, por isso temos de nos
preservar psicologicamente e dar as respostas ás exigências propostas. Reagir
com flexibilidade e capacidade de recuperação diante dos desafios, tendo uma
atitude otimista.
Em Psicologia, o termo “Resiliência”
é visto como uma pressão às situações de risco e a capacidade de dar respostas
a um ajustamento, ou seja, a capacidade do indivíduo se ajustar e adaptar-se a
uma nova situação, como resposta à pressão ou situação de risco ou estresse.
Esse processo leva a evolução do indivíduo, pois ele trabalha suas “defesas
psicológicas e culturais”.
Resiliência, segundo Ruegg (1997)
seria a resistência e perseverança da pessoa humana face às dificuldades que encontra.
Isso não quer dizer que essas pessoas se tornem mais passivas e conformadas. Ao
contrário, espera-se que elas se tornem mais fortes e equipadas para poder
intervir de modo mais eficaz, na transformação da própria sociedade.
A formação do cidadão passa pela
escola e a importância de se repensar no processo ensino aprendizagem. Aqui não
só ensino aprendizagem aluno-professor, mas ensino aprendizagem escola-cidadão.
Para uma pessoa, determinada situação pode gerar perigo e enquanto para outra,
pode ser um grande desafio a sua evolução.
Garbardino (1992) “aqueles que
estudam a pessoa numa perspectiva ecológica, são capazes de ver o indivíduo e
seus ambientes como sistemas de formação mútuos, onde cada sistema muda no
decorrer do tempo e cada um deles adapta-se como resposta às mudanças ocorridas
no primeiro...”
É preciso pôr as pessoas a
pensar, a refletir, a questionar e a questionar-se e não a responder a
perguntas colocadas pelos outros e, aqui entram professores e educadores,
reduzindo o conhecimento do que está implícito na pergunta.
Os alunos e professores deveriam
interagir nos processos de ensino-aprendizagem como colocadores de questões
inovadoras e desafiantes e não como respondentes a perguntas feitas e estereotipadas
sobre os saberes adquiridos e estáticos.
A resiliência aplicada na escola,
mexe não só com a forma, mas mexe com o conteúdo e principalmente com sua
estrutura organizacional.
TAVARES, José - Resiliência e
educação -2001
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