domingo, 12 de abril de 2015

RESILIÊNCIA NA EDUCAÇÃO, POSSIBILIDADE OU REALIDADE!



Falamos muito de mudanças na escola, a “escola” precisa se reinventar, tornar-se mais atrativa para o aluno. É estranho esse termo, pois a “escola” somos nós. Nós precisamos nos reinventar. Aqui falo não só de professores, mas coordenadores, diretores, funcionários, pais, alunos e comunidade e a própria Secretaria da Educação, com suas resoluções, normas, decretos e etc. e tal.
A sociedade apresenta novos desafios e busca por espaços profissionais e pessoas, por isso temos de nos preservar psicologicamente e dar as respostas ás exigências propostas. Reagir com flexibilidade e capacidade de recuperação diante dos desafios, tendo uma atitude otimista.
Em Psicologia, o termo “Resiliência” é visto como uma pressão às situações de risco e a capacidade de dar respostas a um ajustamento, ou seja, a capacidade do indivíduo se ajustar e adaptar-se a uma nova situação, como resposta à pressão ou situação de risco ou estresse. Esse processo leva a evolução do indivíduo, pois ele trabalha suas “defesas psicológicas e culturais”.
Resiliência, segundo Ruegg (1997) seria a resistência e perseverança da pessoa humana face às dificuldades que encontra. Isso não quer dizer que essas pessoas se tornem mais passivas e conformadas. Ao contrário, espera-se que elas se tornem mais fortes e equipadas para poder intervir de modo mais eficaz, na transformação da própria sociedade.
A formação do cidadão passa pela escola e a importância de se repensar no processo ensino aprendizagem. Aqui não só ensino aprendizagem aluno-professor, mas ensino aprendizagem escola-cidadão. Para uma pessoa, determinada situação pode gerar perigo e enquanto para outra, pode ser um grande desafio a sua evolução.
Garbardino (1992) “aqueles que estudam a pessoa numa perspectiva ecológica, são capazes de ver o indivíduo e seus ambientes como sistemas de formação mútuos, onde cada sistema muda no decorrer do tempo e cada um deles adapta-se como resposta às mudanças ocorridas no primeiro...”
É preciso pôr as pessoas a pensar, a refletir, a questionar e a questionar-se e não a responder a perguntas colocadas pelos outros e, aqui entram professores e educadores, reduzindo o conhecimento do que está implícito na pergunta.
Os alunos e professores deveriam interagir nos processos de ensino-aprendizagem como colocadores de questões inovadoras e desafiantes e não como respondentes a perguntas feitas e estereotipadas sobre os saberes adquiridos e estáticos.
A resiliência aplicada na escola, mexe não só com a forma, mas mexe com o conteúdo e principalmente com sua estrutura organizacional.
TAVARES, José - Resiliência e educação -2001


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