O livro impresso é o “amuleto” para qualquer estudo, pois somos formados a receber o conhecimento de forma linear e progressiva, assim como é o ensino em nossas escolas. Eu vejo o livro como um ensino organizado e seguro, onde as dificuldades do estudo são gradativas. A Internet nos traz informações de todos os pontos, mas sem querer, organizamos essas informações de uma forma linear e assim, elaboramos o nosso próprio livro de estudo.
O exemplo mais claro seria o próprio curso, pois efetuamos várias formas de leituras em um hipertexto. Eu registro minhas leituras, as organizo, coloco minhas análises sobre elas e as devolvo em forma de textos nos fóruns. Essa escrita ou esse retorno tem de ser organizado e linear, como o texto impresso, para que haja uma clara compreensão da idéia do autor (eu que publico no fórum) e dos demais para interagirem com a minha idéia.
O livro impresso é uma referência cultural, pois quando adquirimos conhecimento e interagimos nos transformamos e assim, podemos nos desviar do foco cultural que nos permeia. Um exemplo disso seria o freqüente uso da linguagem eletrônica, que acaba se tornando pobre e daí, a necessidade de uma interação maior com a linguagem culta, com vocabulário diversificado, frases com sentido e seqüência de idéias.
Além do mais, esse material é concreto; um livro “não desliga e perde os dados” ou “fica fora do ar”. Ele permanece intacto para ser lido por várias gerações.
Alguém já pensou em ler “O nome da rosa”, que provavelmente foi lido no início da faculdade (o meu caso 1988) e lê-lo agora, depois de alguns anos? Será que irei interpretá-lo da mesma forma? Apesar de ser o mesmo livro, com a mesma capa, com a mesma escrita? A minha interpretação do livro atualmente, levando em consideração toda uma vivência nesses anos, provavelmente não será a mesma de 10 anos atrás.
Eliana,
ResponderExcluirAmanhã é o grande dia da Coletiva “Professores do Brasil”. Você estará contribuindo para a valorização dos professores.
Até amanhã!